segunda-feira, 17 de maio de 2010

Brasil perde R$ 8 bilhões anualmente por não reciclar

Ipea apresentou relatório de pesquisa no Ministério do Meio Ambiente e fará parte de grupo de trabalho

Relatório do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgado nesta sexta-feira, 14, no Ministério do Meio Ambiente revela que o País perde R$ 8 bilhões por ano quando deixa de reciclar todo resíduo reciclável que é encaminhado para aterros e lixões nas cidades brasileiras.

O presidente do Ipea, Marcio Pochmann, e o técnico do Instituto Jorge Hargrave apresentaram o estudo intitulado Pagamento por Serviços Ambientais Urbanos para Gestão de Resíduos Sólidos, que traz a estimativa dos benefícios econômicos e ambientais da reciclagem e propõe instrumentos como pagamento por produtividade e acréscimos compensatórios graduados, a fim de aumentar a renda dos catadores, e crédito cooperativo para aumentar a organização e formalização das cooperativas.

A partir dos dados da pesquisa, a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, instituiu um grupo de trabalho entre o Ipea e os Ministérios para avançar na reestruturação do primeiro Programa de Pagamento por Serviços Ambientais Urbanos associado à coleta de lixo e ao cooperativismo dos catadores.

O grupo tem 45 dias para definir como será a operacionalização do programa, propor fontes de recursos e forma de repasse. “Queremos consolidar uma nova política pública em torno da remuneração adequada para os catadores, da retirada do lixo do meio ambiente e de um resultado econômico não só para as indústrias que reciclam, mas para as cooperativas de catadores com facilidades de crédito e novo perfil de renda”, afirmou a ministra.

O diretor de Ambiente Urbano da Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano, Silvano Silvério, ressaltou que o programa, além de melhorar a renda e as condições de trabalho dos catadores, tem como objetivo incentivar a reciclagem do País, onde apenas 12% dos resíduos sólidos urbanos e industriais são reciclados e somente 14% da população brasileira são atendidas pela coleta seletiva.

O Secretário de Articulação Institucional e Parcerias do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Ronaldo Garcia, alertou que o incentivo financeiro para a cooperativa não será suficiente para aumentar a formalização. “É necessário ter uma assistência técnica continuada às cooperativas para que subsistam e mudar o tipo de financiamento, saindo da modalidade convencional do edital que ajuda a quem menos precisa.” Segundo Ronaldo, o envolvimento dos municípios é decisivo para que a política avance.

Leia a íntegra do Relatório de Pesquisa Pagamento por Serviços Ambientais Urbanos para Gestão de Resíduos Sólidos

Veja a apresentação do Relatório


Fonte:
IPEA

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Sustentabilidade já é realidade nas pequenas empresas

Além de trazer vantagens, os custos são compatíveis com orçamentos.

A responsabilidade ambiental deixou de ser uma exclusividade das grandes corporações no Brasil. Visando a ampliar os lucros e a obter vantagens no futuro, as pequenas e médias empresas começam a investir em sustentabilidade. A informação está na edição de abril da revista AméricaEconomia.

Um bom exemplo é a oficina Mecânica do Gato, em São Paulo, que pretende reduzir o consumo de energia e dar o destino correto a 100% dos resíduos produzidos durante o processo de reparação de automóveis. Para isso, a empresa substituiu ventiladores por filtros movidos a energia eólica (gerada a partir do vento), além de aperfeiçoar o processo de despejo de óleo e a separação de metais e papel.

O investimento em tecnologias sustentáveis está alinhado com o orçamento de uma pequena ou média empresa. “Não foi um valor exorbitante, não é algo impossível. É trabalhoso, sim, mas está ao alcance dos menores, não só das grandes corporações”, afirma Carla Garcia, gerente da Mecânica do Gato.

Além dos custos compatíveis, ser ambientalmente responsável traz outras vantagens. Um processo produtivo mais eficiente resulta em economia e maior lucratividade. E, em breve, as licitações do Governo Federal devem ter como critério eliminatório a sustentabilidade da empresa.

Confira algumas dicas sobre como começar a ser sustentável:

- Promova noções de consumo consciente entre os funcionários;
- Faça a coleta seletiva do lixo;
- Desenvolva um programa de reutilização de resíduos;
- Projete uma forma de aproveitar a luz externa e troque as lâmpadas comuns por frias;
- Estimule atitudes sustentáveis de seus fornecedores;
- Inclua o tema de sustentabilidade na agenda com stakeholders;
- Apóie movimentos ligados ao meio ambiente.

A Spring Editora, sob direção de José Roberto Maluf, é responsável pela versão nacional da ROLLING STONE, conhecida internacionalmente, além das revistas AMÉRICAECONOMIA, ESPN, AERO MAGAZINE, DOCOL, OAS, DAY BY DAY, VOETRIP e REVISTA DA INDÚSTRIA – FIESP. Desde 2008, representa a Mídia de Bordo TRIP, que desenvolve conteúdo e ações de marketing personalizados e segmentados para o público da TRIP Linhas Aéreas, a maior companhia regional da América do Sul.

Fontet: (Envolverde/Pauta Social)